domingo, 5 de dezembro de 2010

QUEM SABE...

Ele caminhou em sua direção...
—Oi
—Oi
Um silêncio...
—Quanto tempo...
—Mais ou menos uns 10 anos, ela sorriu.
—Você está passeando por aqui?
—Não, eu moro aqui a 9 anos. E você, está visitando a cidade com a família?
—Não, estou a trabalho, ficarei uns dias.
Um certo constrangimento pairou no ar.
—Bom, acho que vamos nos cruzar por aí novamente...
—É... Talvez. Afinal, nos encontramos depois de 10 anos, ele sorriu.
—Destino...
—Sei que faz muito tempo, mas sempre quis te fazer uma pergunta, posso?
—Sim
—Por que você foi embora?
Ela respirou fundo e sem pensar muito respondeu:
—Eu poderia dizer tantas coisas, mas a verdade é que eu nunca consegui ficar e você também não.
—Você esta bem aqui?
—Sim. Aqui eu sempre pude ser eu mesma, acabei me encontrando.
—E você, está bem?
—Por muito tempo fiquei triste, mas depois eu entendi...
—Que bom que estamos bem agora. Com lágrimas nos olhos ela sorriu
—Podemos jantar a noite?
—Melhor não
—Ah...
—Na verdade eu adoraria, mas não é uma boa ideia
—Certo! Então podemos sair amanhã? Ou depois? Ele sorriu...
— Quem sabe...

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