quarta-feira, 30 de novembro de 2011

NOTURNO...

Existe um certo alívio...
Você fica ali, parado...
Estático...
Não senti absolutamente nada...
Nem o vazio...
Nem a tristeza...
Nem a alegria...
Apenas um silêncio...
Profundo...
Lento...
Noturno...
E o vento te leva...
Para longe...
Muito longe...

sábado, 5 de novembro de 2011

TEMPO(3)

Depois de um certo tempo, a gente acostuma tanto com tudo que nem reparamos mais...
Hoje, no final da tarde, subindo a minha rua, vi como ela é tão bonita e cheia de árvores...

Saudade (2)

— Oi
— Oi
— Trouxe um café
— Obrigada
— Você vai ficar aí a noite toda?
— Sim
— Porque tanta tristeza no seu olhar?
— Escute essa canção
— Desviando o assunto...
— Uma vez eu perdi algo e essa canção sempre me traz isso de volta...
— Então mude a música
— Eu preciso mudar o que está dentro, não fora!
— Então mude!
— Não posso...
— Você quer falar?
— Nós somos tão vulneráveis ao tempo
— Você e o tempo...sempre o tempo...
— Somos como a ampulheta, deslizando pelo tempo... sem piedade, desumano... que vira e mexe traz o passado presente e o futuro fica tão distante...
— Não leve tudo tão a sério, é apenas um momento difícil que o tempo também vai levar embora... 
— Eu sei...eu sei... masssss, a saudade, sabe essa saudade que não tem cura, ela sempre trará de volta momentos assim...
— Então lute com isso, não deixe que isso te entristeça mais
— Tenho um segredo...
— Então me conta?
— Eu não sou essa fortaleza que você imagina...
— Você é e sempre será meu pilar...eu acredito em você! Eu sou feliz por estar aqui!
— Meu lindo anjo...
— Vem, me de a mão?
— Tá bem
— Eu vi um leve sorriso? É isso?
— Você é impossível mesmo...
— Saiba que amo você!
— Eu também...