SIMPLICIDADE

Sim_pli_ci_da_de...
Qualidade do que é simples.
Naturalidade, despretensão,
modéstia, pureza...
O que é belo!
O que da vida!
O que da cor!
:)

PORTAS ABERTAS

As portas se abrem,
Agora só falta levantar e caminhar...

Os olhos observam a luz do dia
O corpo sente o calor do sol
As mãos tocam paredes ressecadas do tempo
Os ouvidos escutam as folhas secas no seu caminhar
A luz toca o chão pelas frestas das árvores
Que tocam suavemente seu coração...

As portas se abrem,
Ela sai e não retorna...
Nada mais lhe causa dúvidas

Dentro dos olhos
Uma direção
Um sorriso
Sua libertação...

POESIA CANTADA

Ouço uma voz vindo de longe,
Murmura feito canção dentro de mim
Esta noite, me recordo de quem partiu,
E a brisa insiste na canção triste...

Porque noite triste,
Me deixa perto do que esta muito longe?
Porque me carrega de lembranças
Deste amor que escrevo feito poesia?

Cante alto esta canção
Mas não sufoque meu coração
Perdido nesta noite triste...

E não se perca jamais de mim
Poesia cantada vinda de longe...
Muito longe...

ASSIM

Assim, me encontro com teus desejos
que são meus e também teus,
Modos, olhos, cheiro...

Assim, assumo tua presença no meu ser...
Tua boca sorri quando sabes que estou aqui por ti...
Apenas quero que a luz do amor te ilumine

Assim, serei eu a luz do sol que te ilumina,
vinda da sua própria luz que me faz brilhar...

E você estará sempre aqui...
E eu sempre estarei em ti

ROTINA

Amanheceu...

O dia chegou,
A manhã passou...
O relógio tocou...
Meio dia se fez...

A tarde caiu,
A noite surgiu
E assim terminou

Me recarreguei...
Me levantei...
E recomecei!

FASES DA VIDA

Desacelerar é preciso...
Só não pise de uma vez no freio...
Freie com ponderação.

• Dos 30 aos 40, questionamos tudo, principalmente essa desaceleração (já não somos mais tão jovens, temos mais responsabilidades, o que fazer?). Uma certa ansiedade nos deixa velhos antes da hora.

• Dos 40 aos 41...(estou nessa fase gloriosa...rs...), comecei a acelerar novamente. Percebi que andei muito tempo me achando mais velha e de repente, ser mais velha me tornou mais jovem, passei a fazer tantas coisas bacanas que não vejo o tempo passar...

Com que cores você anda colorindo sua vida?

POESIA VIVA

[Este texto que eu escrevi faz parte dos posts do blog (meia lua... mas eu gostei tanto, tanto, tanto...que não resisti, bloguei ele também aqui. Para quem já leu...mil desculpas].

Recebi uma mensagem por e-mail de minha querida amiga Rita... mandou para mim um poema de Mário Quintana, "O TEMPO" e junto a este poema, veio uma foto que me levou até ele...longe...longe...longe...

"Só a poesia possui as coisas vivas. O resto é necropsia".
[Mario Quintana]

Na janela azul eu apareci, debruçada, descabelada, de vestido florido, comendo uma pera e sorriso largo na boca...
Só os olhos pequenos de sono, acabei de acordar...
Quem eu vejo lá na calçada???
Mário...
Tomando sol, com a sua bengala, de pernas cruzadas, calça preta e paletó...
Na cadeira da cozinha, na frente da minha casa...
A laranja é onde ele mora...
Eu gosto tanto da cor laranja de sua casa...
Alegra a minha que é tão pálida,
mas leva um contorno azul para não dizer que estou só...
Que tarde deliciosa passei ali ao lado dele...
No meu momento delírio, delírio poético...
Sonhei que era verdade...
Lá vai ele...
O contador de histórias encher meu blog de alegria...

SEU NOME ERA CAIO

Todos os dias ele saía do seu apartamento, descia pela escada e sentava na sala de estar do prédio. Caio morava com seus tios, seu pai havia morrido e sua mãe desaparecido. Tinha poucos amigos. Não trabalhava, não estudava. Apesar da rotina incansável, ele era um cara muito inteligente, cheio de histórias piradas, bem humorado e vivia rodeado da moçada que morava no prédio. Sempre parava alguém para conversar e muitas vezes, levava um tempo considerável jogando conversa fora e dando boas gargalhadas.
Em uma dessas tardes, despencou uma chuva terrível... muitos trovões, muita água. Ele não gostava de chuva. Tinha medo. Tentou localizar alguém para conversar, mas todos aqueles que ele considerava estavam fora de casa. Escolheu uma das poltronas mais distantes da janela. Ele tinha uma doença psicológica, em alguns momentos entrava em crise, principalmente quando tinha medo. Naquele dia, o medo foi consumindo ele. A chuva aumentava e no momento de um surto, ele levanta e caminha até uma das janelas que estava toda molhada. Fica ali, parado e sua vida vai rolando em sua mente como um filme triste. Ele pede socorro e ninguém o ouvi. No desespero, ele sai correndo e sobe as escadas parando de andar em andar, tocando as campainhas de vários moradores e ninguém lhe da atenção, pelo contrário, algumas pessoas começaram a dar queixa do incomodo. Chamaram uma ambulância e o levaram dali. Caio foi levado para um lugar que nunca mais voltou. Aqueles poucos amigos que o admiravam pela cabeça brilhante e um humor inigualável, sentiram muito a sua falta. Anos se passaram e estes poucos amigos ainda sentem a sua falta...eles levam, sempre que podem, grandes ramalhetes de flores imaginárias que vão ao encontro da sua mente brilhante.

O LAGO

Sentado, em frente ao lago, ele sorriu para ela. Do outro lado do lago, ela distraída, parou os olhos no seu sorriso. Pegou aquela imagem e colocou dentro do seu coração. Sabia que era impossível ele estar ali. Ela via sua imagem plasmada pela saudade. E todos os dias...na mesma trilha...era isso que acontecia...

TALVEZ

Tentava esquecer...
Era impossível...

Talvez fosse o jeito relaxado...
Estílo!
Talvez fosse a sua arrogância...
Gênero!
Talvez fosse a poesia que vinha do olhar...
Magia!
Talvez fosse somente a sua presença...
Sedução!
Talvez nunca tivesse partido...
Lembranças!
Talvez nunca mais...
Saudades!

O TOQUE

Caminham lado a lado,
suas mãos nunca se tocam...
Ficam próximas e íntimas...
Cumplicidade...
Tanta coisa pra dizer e só uma
palavra surgi em sua mente...
Saudades!

Boa Noite!

Parados do lado de fora, apreciam a noite cheia de estrelas e uma meia lua igual a ela...Naquela pequena luz que se destaca na noite, seus sonhos despertam...Pendurada por um fio, ele a balança como um marcador de compassos...Sem pistas e nem direção, apenas canções e sonhos...Ela desce da balança e olha bem para ele...Se dão as mãos e caminham até o ponto de luz na noite escura...Com um leve sorriso... Se olham...O ponto de luz fica mais luminoso...E antes que o dia amanheça...Seus sonhos adormeçam...Eles dizem...
Boa noite!

O MAR

Estava muito perto do mar. Amava o mar, sentir a água tocando seu corpo. Disseram que ela estava cansada. Outro dia mesmo, estava ali contando suas histórias...
Deve ter encontrado sua sombra em uma árvore, ou talvez, um lugar seguro em uma ilha distânte...
Atravessou o mar e desapareceu. Todos olhavam buscando vê-la novamente. Ela nadou para muito longe. De alguma maneira tudo ficou bem. Em algum lugar durante a noite, na luz do luar...
Lá está ela...

IMAGEM

Naquele momento ela erguia a cabeça e via a tal escultura refletida no espelho do prédio visinho. Ele admirava e compartilhava com ela aquela imagem.
O dia favorecia... céu azul e brisa refrescante.
Saíram e caminharam pelas passarelas da avenida.

Sonhando no mundo dos sonhos

Vivendo mentiras
Vivendo verdades
Não deixe que ninguém controle seus sonhos
Queremos viver nossos sonhos

Queremos ser presos
Queremos ser livres
Somos o que podemos

Ninguém está completamente só
Não permita o engano
Viva intensamente o seu momento
Ele será seu
Somente seu

Estamos presos a imaginação
Então sonhe...
Sonhe, sonhe...
Se liberte...
Seja livre...

Não deixe que ninguém roube seus sonhos...
Nem mesmo você.

PEDAÇOS

Entre choros e risos
encontrei pedaços de mim
Pela vida, caminhando,
deparei com o que chamamos de
tudo e nada...

Segui mais um pouco
adiante, firme...buscando chegar...
A questão era chegar onde?

E mais uma vez
uma parte de mim,
dos pedaços que encontrei,
viram a vida e a morte,
como a arte de sobreviver...