segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

CAMINHO NOTURNO

A noite vem...
O céu apaga...
A luz acende...
E você olha...
Olha...
Por horas...
Olha...
Observa os sons...
Imagens...
Sons...
Delicados sons...
Como uma caixinha de música...
E você caminha...
Imagina...
Uma caminhada noturna...
É quase um mundo encantado...

Ao som de Belle & Sebastian - Night Walk

domingo, 19 de dezembro de 2010

QUADRADO... REDONDO...













Era como se o mundo fosse quadrado
E ela olhava os quatro cantos...
Nenhum dos pontos era seu,
Mas todos pertenciam a ela...
E nas canções noturnas,
Ela se deixava ir...
Implorava no silêncio...
No seu silêncio...
Aquelas estrelas que ladeavam
O seu mundo quadrado,
Brilhavam no céu...
Estrelas de luz...
A luz que gira pelas canções...
Um coração...
Uma esperança...
Um amor...
Moldando a terra...
Tornando o seu mundo redondo,
Onde os quatro cantos viravam apenas um...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

APAGOU A LUZ...

Ela pensou que tudo seria diferente agora,
Mais uma vez estava enganada...
Deitada na cama olhando para o céu,
Não encontrou mais as estrelas que viviam por lá.
Cansada de acreditar,
Fechou a porta da rua,
Fechou a porta do sala,
Fechou a porta do quarto,
Fechou as janelas,
Fechou as cortinas
E apagou a luz!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

VIDA!

Olhares...
Sentidos...
Certezas...
Incertezas...
Verdades...
Mentiras...
Sorrisos...
Lágrimas...
Amores...
Desejos...
Saudades...

domingo, 5 de dezembro de 2010










Será que as primeiras gerações poderão saber a tempo o amor que os mais velhos possuem com tanta naturalidade...?

QUEM SABE...

Ele caminhou em sua direção...
—Oi
—Oi
Um silêncio...
—Quanto tempo...
—Mais ou menos uns 10 anos, ela sorriu.
—Você está passeando por aqui?
—Não, eu moro aqui a 9 anos. E você, está visitando a cidade com a família?
—Não, estou a trabalho, ficarei uns dias.
Um certo constrangimento pairou no ar.
—Bom, acho que vamos nos cruzar por aí novamente...
—É... Talvez. Afinal, nos encontramos depois de 10 anos, ele sorriu.
—Destino...
—Sei que faz muito tempo, mas sempre quis te fazer uma pergunta, posso?
—Sim
—Por que você foi embora?
Ela respirou fundo e sem pensar muito respondeu:
—Eu poderia dizer tantas coisas, mas a verdade é que eu nunca consegui ficar e você também não.
—Você esta bem aqui?
—Sim. Aqui eu sempre pude ser eu mesma, acabei me encontrando.
—E você, está bem?
—Por muito tempo fiquei triste, mas depois eu entendi...
—Que bom que estamos bem agora. Com lágrimas nos olhos ela sorriu
—Podemos jantar a noite?
—Melhor não
—Ah...
—Na verdade eu adoraria, mas não é uma boa ideia
—Certo! Então podemos sair amanhã? Ou depois? Ele sorriu...
— Quem sabe...